Exame de Gravidez – Beta hCG

A sigla Beta hCG ou BhCG refere-se ao hormônio gonadotrofina coriônica humana. Sua dosagem sanguínea é amplamente utilizada como teste de gravidez, uma vez que se trata de um método com elevada acurácia.

Quando colhido na época certa e interpretado corretamente, ele apresenta uma taxa de acerto elevadíssima. O beta hCG pode ser obtido através de exames de sangue ou de urina. Neste post abordamos os seguintes pontos sobre a gonadotrofina coriônica humana:

  • Como é produzido.
  • Como é feito o exame.
  • Como interpretar seus valores.
  • Casos de beta hCG falso negativo.
  • Casos de beta hCG falso positivo.

COMO É PRODUZIDO O HCG

A gonadotrofina coriônica humana é um hormônio importante e necessário para a manutenção e desenvolvimento da gestação. Ela é produzida pelo trofoblasto, grupo de células do embrião que dá origem à placenta.

Cerca de 6 dias após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, o embrião em formação chega à parede do útero e se aloja nela. A partir desse momento, o hormônio hCG produzido pelo trofoblasto consegue alcançar a corrente sanguínea da mãe, o que possibilita sua detecção por exames laboratoriais ultrassensíveis.

Conforme o embrião e a placenta se desenvolvem, mais hCG é produzido e lançado na circulação materna. Nas primeiras semanas de gestação, os níveis de hCG dobram a cada 2 ou 3 dias. Se nos primeiros 30 dias de gravidez o ritmo de elevação da gonadotrofina coriônica humana estiver nitidamente pouco elevado, é possível que haja algo de errado na gestação, como inviabilidade fetal ou gravidez ectópica.

COMO É FEITO O EXAME DO BETA HCG

Se você for um leitor atento, a esta altura já deve estar se perguntando por que algumas vezes escrevo hCG e outras, beta hCG (BhCG). Afinal, qual é a diferença entre hCG e beta hCG?

O hCG é um hormônio composto de duas grandes moléculas, chamadas de subunidade alfa (ou fração alfa) e subunidade beta (ou fração beta). A primeira é estruturalmente semelhante a vários outros hormônios, como o hormônio folículo-estimulante (FSH) ou o hormônio luteinizante (LH). Já a segunda  é única, não existindo em mais nenhum outro hormônio. Portanto, para diminuir o risco de reação cruzada com outros hormônios e, consequentemente, a ocorrência de falsos positivos, os laboratórios pesquisam apenas a fração beta.

O hCG produzido pelo feto passa para a circulação sanguínea da mãe e é filtrado pelos rins, sendo parte dele eliminado pela urina. Logo, o beta hCG pode ser dosado tanto no sangue como na urina da mulher. Excetuando-se casos raros, que serão explicados mais à frente, se for detectado BhCG no sangue ou na urina da mulher, ela está grávida.

Existem basicamente duas formas de se avaliar a presença do BhCG: BhCG qualitativo e o BhCG quantitativo.

O BhCG qualitativo não fornece valores, apenas revela se há ou não gonadotrofina coriônica humana em valores relevantes circulando no sangue na mãe. Essa forma é muito usada nos testes de gravidez de farmácia que usam a urina como fonte de pesquisa. Esses testes apenas dizem se o exame é positivo ou negativo

Já o BhCG quantitativo é a forma usada na maioria dos exames de sangue. Nesta forma, o resultado é fornecido em valores, geralmente em mili unidades internacionais por mililitro (mUI/ml).