Vacina Tríplice Bacteriana Acelular (DTPa)

 

A vacina DTPa (tríplice bacteriana acelular) protege contra a coqueluche, difteria e tétano.

COQUELUCHE

A coqueluche, também conhecida como “tosse comprida”, é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que vive na garganta das pessoas, mesmo que com poucos sintomas, e é transmitida de uma pessoa para a outra por gotículas de saliva ao falar, tossir ou espirrar.

Quem já ouviu o som produzido por bebês com coqueluche não esquece. A sequência de tosse seca é intercalada pela ingestão de ar, o que provoca uma espécie de guincho ou chiado. A coqueluche pode causar pneumonia, convulsões, comprometimento do sistema nervoso e morte. Quanto mais novo é o bebê, mais grave é a doença, que muitas vezes exige internação em Unidade de Tratamento Intensivo. Em adultos, pode parecer um resfriado, sem muitos sintomas. A maior parte das ocorrências e todos os casos fatais são em crianças com menos de 1 ano (principalmente nos primeiros 6 meses de vida), ainda não vacinadas ou que não receberam pelo menos três doses da vacina.

O Ministério da Saúde (MS) informa que de 1999 a 2013 o número de casos de coqueluche passou de 3.036 para 6.368. O de mortes saltou de 23 para 109 no mesmo período. Como há dificuldade de fazer o diagnóstico correto, principalmente em adolescentes e adultos, esses números certamente são maiores.

DIFTERIA

A difteria, também conhecida como “crupe”, tem como sintomas o surgimento de placas esbranquiçadas nas amígdalas ou laringe, febre e calafrios. Essa doença é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que vive na boca, garganta e nariz da pessoa infectada e produz uma toxina que pode gerar graves complicações, como a insuficiência cardíaca e a paralisia.

A difteria é transmitida por via respiratória, em gotículas de secreção eliminadas durante a tosse, o espirro ou a fala, mesmo quando o portador da bactéria não apresenta sintomas, processo que pode durar mais de seis meses.

Para o controle da difteria é preciso que pelo menos 80% da população estejam vacinadas. A doença é mais frequente em regiões com situação sanitária deficiente e maior índice de aglomeração de pessoas, onde geralmente há baixa cobertura vacinal.

TÉTANO

Um ferimento produzido por uma lâmina enferrujada pode significar apenas um contratempo se você estiver com a vacina tétano em dia, o do contrário, pode ser o início de preocupações bem maiores.

O nome tétano vem do grego antigo e significa “contrair e relaxar”, uma referência às contraturas musculares generalizadas, provocadas quando os esporos da bactéria Clostridium tetani atingem o sistema nervoso. A doença é extremamente grave e oferece alto risco de morte.

Graças à vacinação, o tétano acidental é bastante raro no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), os últimos registros foram em lavradores e outros trabalhadores não vacinados, em zonas rurais com situação sanitária precária. No Pará, em 2013, foram registrados 263 casos, com 87 mortes, e apenas um caso de tétano neonatal.

O tétano não é transmissível de uma pessoa para a outra. A doença é adquirida de duas formas, a primeira decorre da contaminação de ferimentos externos — geralmente perfurações — contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas, e a segunda decorre da bebê seja na hora do corte do cordão umbilical, devido ao uso de instrumentos contaminados, ou durante o tratamento do coto do umbigo, pela aplicação de substâncias infectadas.

Para controlar essas 3 doenças (coqueluche, difteria e tétano) é importante vacinar o bebê e todas as pessoas que convivem com ele, começando pela vacinação da gestante, para que ela possa transferir, através da placenta, os anticorpos que protegerão o recém-nascido nos primeiros meses, até que se complete o esquema de vacinação (por volta do sétimo mês de vida). A vacina DTPa é acelular, portanto, menos reatogênica do que a vacina de células inteiras dos postos de saúde.

Esquema de doses para a criança: 3 doses + reforços. A primeira dose com 2 meses de idade, a segunda com 4 meses e a terceira com 6 meses. Um reforço aos 15 meses e outro reforço entre 4 e 6 anos de idade. Após isso, reforço de 10 em 10 anos.

Esquema de doses Adulto: dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.

  • Recomendada para os reforços em adolescência, adultos e idosos (reforço de 10 em 10 anos).
  • Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se 3 doses da vacina.

Esquema de doses para Gestantes: é recomendada uma dose em toda gestação, a partir da 20ª semana, preferencialmente entre a 27ª e a 32ª semana. Quando não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose da vacina o mais precocemente após o parto (de preferência ainda na maternidade).

FONTE: Sociedade Brasileira de Imunização.

Onde pode ser encontrada:

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