Exames preventivos para a Mulher

Exames preventivos específicos para a Mulher

Fortes, guerreiras, habilidosas e inteligentes. Não faltam adjetivos quando o assunto é a mulher, nem termos que provam o fim de estereótipos como “sexo frágil”. Elas vivem mais tempo, adoecem menos e lidam melhor com a dor. Realmente, a mulher tem uma capacidade incrível e, muitas vezes, deixa de cuidar de si mesma para garantir a saúde dos que estão a sua volta.

Isso não significa que elas também não precisem de atenção e cuidado. Com a correria do dia a dia, o costume de visitar o médico periodicamente acaba falhando e, embora seja importante para a saúde, na maioria das vezes o hábito é ignorado.

Estatísticas mostram que as mulheres estão cada vez mais parecidas com os homens, sofrendo das mesmas doenças. Ao contrário do que muitos pensam, não é o câncer de mama a principal causa de morte no público feminino, e sim as doenças cardiovasculares, responsáveis pelo óbito de uma a cada três mulheres.

A explicação para este aumento é simples: hoje a mulher trabalha tanto que o foco nos cuidados com a saúde se volta para as doenças típicas femininas, como câncer de mama ou de útero, endometriose e miomas. Mas, de acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o índice de mortalidade por infarto chega a ser 6% superior entre o sexo feminino. As doenças cardiovasculares, inclusive, são a principal causa de morte no mundo. Todos os anos, cerca de 8,5 milhões de mulheres morrem em decorrência delas. Mais do que essenciais, os cuidados são necessários.

Outro fator de risco importante é o estresse, assim como fumar, beber em excesso, estar acima do peso e não praticar atividades físicas. Se a mulher tem pressão alta e diabetes, a chance de ter um AVC ou um infarto cresce exponencialmente. Após a menopausa, o risco aumenta. A enxaqueca não poderia ficar de fora desta lista: ela afeta três mulheres para cada homem. Diferente da dor de cabeça, a enxaqueca costuma ser latejante e vem acompanhada por náusea, vômito e sensibilidade à luz.

Os fatores de risco cardiovascular são os mesmos para as mulheres e para os homens e, embora alguns não possam ser controlados – como sexo, idade e histórico familiar -, a maioria pode ser evitada com mudanças de comportamento. É sempre bom lembrar que existe uma série de cuidados preventivos, para os quais todas as mulheres devem estar atentas. Especialistas garantem que 80% dos ataques cardíacos e infartos prematuros podem ser evitados com medidas como as listadas abaixo.

  • Observe o histórico familiar.
  • Não fume.
  • Confira a circunferência abdominal: nas mulheres, a medida deve ter no máximo 80 cm.
  • Siga uma dieta balanceada, reduzindo o sal e o açúcar.
  • Pratique regularmente exercícios físicos, ao menos 30 minutos por dia.
  • Faça uma avaliação anual com o cardiologista, principalmente a partir dos 40 anos.
  • No climatério e após a menopausa os índices de infarto aumentam: redobre a atenção.
  • Consulte periodicamente seu ginecologista para uso correto de anticoncepcionais.
  • Realize exames periódicos se você tem propensão a hepatiteA ou C.
  • Vacine-se contra a hepatite.
  • Realize exames paraHIVdurante consultas pré-concepcionais.
  • Adolescentes sexualmente ativas e sob alto risco de DST devem fazer exames de rotina paraBlenorragia e Chlamidia.
  • Mulheres comcâncercervical invasivo devem fazer exames para HIV.
  • Realize exame pélvico anual.
  • Mulheres com mais de 40 anos devem realizar mamografiaa cada 1 ou 2 anos (anual após os 50).
  • A primeira consulta a um ginecologista deve acontecer entre 13 e 15 anos.